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BARDO

Num mundo de heróis, contar histórias épicas também é um ato de heroísmo. Os grandes menestréis não são apenas músicos ou poetas: são malandros que dominam as ruas e as cortes, sábios que possuem conhecimento obscuro sobre os mais variados assuntos, diplomatas que transformam inimigos jurados em companheiros leais após uma noite na taverna, arautos que inspiram seus aliados a grandes feitos no campo de batalha. Sua intimidade com a música é tão grande que através dela lançam magias. São versados em muitas habilidades, embora não sejam mestres em nenhuma. São os bardos.
Bardos são contadores de histórias e músicos errantes que acompanham grupos de aventureiros em missões para depois narrar suas façanhas.
Contudo, seu papel vai muito além disso. Enquanto muitos heróis se especializam em uma só área, os bardos são versáteis, pessoas do mundo, confortáveis ao lado de reis e de mendigos. Muitas vezes são a “face” do grupo, tomando a frente em negociações e sabendo usar palavras doces quando outros prefeririam apelar para as armas. Bardos têm amigos, inimigos, conhecidos, amantes e rivais em cada cidade e aldeia. Conhecem um fato importante sobre cada artefato misterioso. Tocam a música certa para inflamar as almas de seus companheiros a cada combate.
Sendo em seu âmago artistas, os bardos costumam ser muito emotivos e entusiasmados, com personalidades fortes e maneiras únicas de encarar a vida. Alguns demonstram alegria incessante, vendo o lado positivo em tudo e sorrindo mesmo frente aos piores perigos. Outros são intensos, amargurados, românticos e apaixonados, sempre tomados por algum amor impossível ou uma memória melancólica. Outros ainda só querem se divertir, parecendo loucos em seu frenesi de acrobacias, imitações, piadas e absurdos. Outros são sedutores cínicos. Outros são tudo isso, mudando de personalidade como quem muda de camisa! Embora a maioria dos bardos utilize a música para canalizar sua magia e inspirar seus aliados, quase qualquer tipo de arte pode tomar este papel.
Alguns bardos dançam, outros declamam poesia. Outros ainda apenas fazem discursos grandiosos ou mesmo se exibem em grandes demonstrações acrobáticas com armas. Alguns bardos mais parecem embaixadores sérios e pomposos, outros lembram cavaleiros aristocráticos saídos de alguma história. O importante é que a arte do bardo venha de suas emoções e toque os corações dos demais aventureiros. De fato, o estereótipo do “menestrel que acompanha o grupo” muitas vezes é só uma fachada ou nem mesmo se aplica. Alguns bardos fingem ser só contadores de histórias enquanto estão em alguma missão secreta. Outros querem ser os heróis de suas próprias histórias!
Seja como for, o bardo é um herói que costuma atrair outras pessoas para si. Sua simpatia, magnetismo e capacidade de ajudar os outros fazem com que nunca esteja sozinho na masmorra ou na taverna. E quem acredita que ele é um mero bobo da corte logo pode se ver com um inimigo poderoso que tem contatos em todos os reinos.